terça-feira, 4 de janeiro de 2011

quando as coisas saem do controle,

   Eu me pergunto qual o problema em esconder os sentimentos... Eu tento me convencer de que não há problema, apesar de saber que não é bem assim... Eu me controlo, eu tento não demonstrar, achando que isso vai me poupar de dor. Só que isso só causa mais aperto dentro de mim... Chega um certo ponto em que vou me sentindo sufocada, que eu me perco... Chega uma hora que ninguém consegue mais fingir que não tem nada acontecendo... Chega uma hora que não consigo mais mentir pra minha própria mente. Sei que não dá pra guardar as coisas dentro de mim por tanto tempo. O impulso me consome, eu tento não cair em tentação e agir. Qualquer ser humano comete erros, mas será tão comum assim mentir para você mesmo?
   Meus olhos não podem esconder o que sinto quando eu te vejo... Nada pode traduzir o seu sorriso, ou o seu nervosismo. Parece loucura até, eu queria poder gritar pra todo mundo ouvir como eu me sinto, como eu queria poder estar com você o tempo todo, ou talvez... como eu queria não sentir tudo isso. Ilusão. Assim que eu me sinto, iludida, por viver de uma invenção que eu mesma criei.
   Eu tento controlar minha vontade de te procurar no meio de uma multidão, de ansiar por seus olhos, esperar te ver e sentir seu sorriso em mim... Sentir que você sempre me quis, que nunca deixou nenhuma dúvida te invadir. Eu procuro por um sinal em qualquer lugar, alguma coisa que pudesse fazer eu me sentir melhor, mas dentro de mim, em algum lugar, eu tenho a certeza que o único remédio é parar de sempre te procurar e começar a te ter... Comigo. Como se eu não precisasse mais esconder, como se eu não precisasse mais enganar meu próprio coração. 
   Eu queria poder dizer que você sorri por mim, que você adora tanto me ver, quanto eu preciso te ver. Faço loucuras... Saio por aí em busca de respostas que talvez eu nunca acho, mas não sacio a vontade de achar o que estou procurando. Eu posso achar tudo o que precisava saber nos seus olhos, mas o medo é maior que tudo e não tenho coragem de encará-los, de descobrir o que pode não me fazer tão feliz quanto eu esperava.
   É como uma longa história fictícia, um livro sem fim que eu vou escrevendo a cada dia que passa e que a cada página o final fica mais incerto, mais desejado e mais longe.

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