terça-feira, 30 de novembro de 2010

eu odeio ter que admitir

mas a cada dia cresce o meu medo de não ter sido boa o suficiente, eu queria poder dizer que eu sou totalmente segura sempre, mas eu não posso. A cada dia que passa eu percebo cada vez mais que nem tudo é perfeito, eu tento não chorar toda vez que eu penso no que passou e o que será o futuro sem você, CNP, mas é mais forte que eu. Todo dia que eu encosto a cabeça no travesseiro é menos um dia pra eu estar aí, hoje eu tenho que comparar 10 anos com 10 dias e estar feliz por ainda ter mais uma semana normal. Eu levanto sabendo que eu tenho que aproveitar o máximo possível, porque nada disso vai voltar, nunca mais. Não adianta mais.
   Ninguém pode entender o que eu estou sentindo, por dentro eu estou acabada, por fora eu tento ser forte para não fazer as coisas serem mais dificeis. Nada vai me confortar, não tem mais como. Poucos estão percebendo que o fim está chegando, não são mais suposições, agora é real. Esse ano eu vivi como se eu não fosse perder nenhum de vocês, porque a ficha não tinha caído. A ficha de muitos ainda não caiu, e eu tenho um pouquinho de inveja desses, que não sofrem tanto.
   Cada música que toca no rádio me faz voltar no tempo, em momentos com vocês. Não tem nada, nem ninguém que possa evitar que as memórias venham, e eu me perca no meio de tudo. Eu to cansada, eu preciso de férias, mas isso não supera o tanto que eu preciso de vocês, semana que vem tudo vai ser ainda mais difícil, não sei se eu consigo aguentar. Eu sempre fui mais uma uva desse cacho enorme que é esse colégio verde e eu me orgulho a cada segundo disso. Vocês não são mais colegas, nem professores, nós nos tornamos uma família. Me parece tão injusta a ideia de ter uma hora na vida que a gente tem que fazer escolhas, eu implorei pra que esse dia não chegasse, e eu não tenho certeza se estou pronta pra fazer a minha.
   Nunca fui assim, nunca saí chorando... Até que algo me deixasse tão triste e me fizesse tão feliz ao mesmo tempo. Triste porque now it's over. Feliz por ter tido a chance de ter vocês na minha vida. Eu só queria de verdade agradecer, mais e mais. Por favor não desapareçam como se vocês nunca tivessem existido, como se eu tivesse imaginado tudo isso. Hoje eu posso dizer que a realidade pode ser um sonho, nada justifica o que foram esses anos para mim, eu vivi tudo como num sonho. Hoje, todos vocês podem ter certeza, vocês fizeram uma criança sorrir, obrigada!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

e tá chegando cada vez mais perto,

   Tudo tá passando tão rápido e eu pareço não ter mais controle do que acontece com a minha própria vida. Eu sei que tudo na vida acaba... mas por que? Parece tão bom ter a ideia de que tudo vai durar pra sempre. Dizem que faz parte, que temos que crescer e aprender a lidar com os desafios, eu me pergunto se essas pessoas realmente acreditam no que tão falando. Às vezes é bom mudar, eu sei, só que é tão difícil me acostumar com isso. Agora, talvez, seja a hora de dizer adeus pra sempre, pra algumas pessoas. E por menos que elas participem da sua vida... você sente o peso de perdê-las e não poder fazer nada.
   Hoje eu to sentindo a dor de ter que terminar uma parte da minha vida, por isso eu quero fazer com que ela termine de um jeito lindo, pra eu poder ficar feliz em pensar como foi e não me arrepender de nada. Talvez se eu não tivesse passado tanto tempo com as mesmas pessoas, eu não estivesse assim. Definitivamente, não é fácil deixar 10 anos para trás, as angústias, as felicidades, os risos, as lágrimas, as bonecas, os carrinhos... tudo parece estar indo embora, e não dão nem o gostinho de voltar às vezes. Dessa vez é pra sempre, acabou, não tem mais pra onde fugir. 
   Escutei de muitas pessoas que esse dia chegaria, nunca levei a sério, e eu to aqui agora. Nunca pensei que ia ser tão difícil, provavelmente, porque eu não tinha sentido na pele. Tá aí um problema, não sentimos nada até estarmos ali, como vítimas. No entanto, de nada eu posso reclamar, sempre fui muito feliz ali. E o que é mais importante, levamos para sempre. Cada pedacinho desses 10 anos, vão estar comigo. Eles formaram quem eu sou hoje. Infelizmente chegou a minha hora de crescer, chegou a minha vez de me acostumar com o que é diferente e não esquecer o que passou. Eu espero de verdade não esquecer de nenhum, mesmo sabendo que o contato não vai ser o mesmo com todos, - tem sempre uns que são mais reservados - mas o futuro quem faz, somos nós. 
   Tudo o que eu estou passando não é à toa, e o hoje eu sei disso. CNP obrigada por fazer parte da minha vida!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

e quando as coisas não fazem mais sentido...

   Já sentiu sua mão suando? Porque você está vendo uma pessoa, que aos olhos de qualquer um é normal, só que pra você... ela pode ser o que mais importa ali. E tudo parece estranho, porque não explicação, você não sabe o nome dela, não sabe da onde ela vei e nem para onde ela vai. Mas mesmo assim, ela não sai da sua cabeça. Você já tentou de tudo e mesmo assim... Nada funciona. É você já não tem mais controlo sobre o seu próprio medo. Você deseja aquela pessoa, mas, não tem nem ao menos, a coragem de tocá-la por um instante, falar alguma coisa. 
   O pior, talvez, seja a dúvida que você tem dentro de si. Será que só eu sou assim? Será que essa pessoa sabe que eu existo? E isso vai te desgastando, chega um ponto que você não sabe mais o que está acontecendo. Só que por mais difícil que pareça ser conviver com isso, lá no fundo, dá para perceber que não daria mais para ficar sem sentir aquilo. É viciante, gruda em você e te dá um êxtase que parece que não tem mais chão sob seus pés. Será que valeria a pena não sentir mais isso? 
   Cada vez você entra mais no labirinto e não consegue mais sair, e não dá para se culpar. Quem foi que inventou tudo isso? Seja quem for, obrigada, talvez, isso pode fazer um dia normal, ficar mais feliz. Ou mais confuso, mas de qualquer jeito te tira da rotina e te mostra que o mundo está cheio de novas oportunidades para você.
fim domomoto, (:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

medo, insegurança e culpa

   Já reparou que às vezes bate aquela insegurança? Parece que tudo o que você tá vivendo pode acabar num segundo, e o pior de tudo, você não pode fazer nada. Tudo parece que pode dar errado, principalmente, aquelas coisas que são importantes para você. É incrível como essa sensação te domina completamente e você fica perdido no meio de tudo. Mas por que isso acontece? Na verdade, eu não sei. Já tentei várias vezes descobrir, só que parece muito difícil. Eu sei que essa insegurança muitas vezes se torna medo de perder o controle das coisas que estão acontecendo.
   Provavelmente, a culpa é nossa por não viver sempre com os pés no chão. Achar que nada vai abalar a gente, só que nem sempre a vida tem um final feliz. Bom, talvez tenha, mas nunca é como nós imaginamos. Eu tenho medo de acordar e não ver as mesmas pessoas, as mesmas coisas... Tenho medo de perder tudo o que eu conquistei e o que eu não conquistei também. 
fiim bua,

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vicio, passado e sabedoria

   Talvez o maior erro do ser humano seja se prender demais às coisas. Passar muito tempo no mesmo lugar, ou ficar muito tempo com as mesmas pessoas, meio que vicia a gente. E o que mais machuca é quebrar esses vicios, fomos preparados para aceitá-los, mas não para deixá-los partir. Parece que quando acontece, nós não temos mais controle sobre nossos próprios corpos, ficamos perdidos no espaço, e dizem que isso nos faz crescer. Pra mim não, a gente não cresce, a gente se torna mais frio e duro, e ser uma pessoa fria não é crescer. Crescer é aprender, não é ficar reclamando da vida, crescer é evoluir, não regredir e voltar a ser alguém sem nada por dentro.
   E por mais que o futuro queira nos levar para um caminho que nos leve a ser insensíveis, temos que nos salvar. Por tudo que o mundo passou, nós chegamos a esse ponto. E parece, afinal, que evoluimos? Nós só trouxemos catastrofes pro mundo, discórdia. Você olha ao redor e não encontra as coisas como deveriam ser, pessoas se matando, brigando. É isso o que queremos pra nossas vidas? Parece que sim, porque eu só vejo o tempo passar e nada mudar. As pessoas se rendem ou se vendem no meio do caminho, porque encontram dificuldades. Não têm força pra seguir em frente.
   Estamos precisando crescer, mais do que nunca. Só que crescer no sentido certo. Poder olhar pra trás e ter orgulho do que passou, mesmo que o passado tenha sido errado. Tirar boas coisas, das piores aventuras, ser feliz no pior dia da nossa vida, pra não tornamos o mundo infeliz. Querendo ou não, somos nós que formamos o mundo, nós os sres vivos, e interferimos diretamente no meio em que vivemos. Devíamos parar com o nosso individualismo, e olhar para os lados e achar caminhos alternativos pra mudar o erro de percurso. Estender a mão ao próximo, e que esse próximo tenha consciência e saiba aproveitar a oportunidade ao invés de tentar se aproveitar. 
fim lucy,